Em uma sociedade cada vez mais intensa e diversificadamente consumista

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Brincam nossos meninos, sonham dentro de nós o que fomos e o que seremos. Assim os meninos em cada homem, olham ternos nossos filhos: todas crianças do mundo de hoje!

Seu filho e a mídia

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Conhercer as linguagens do audiovisual, as estratégias da publicidade e as armadilhas-cliches dos melodramas

É preciso estar atento e forte!

Veja sobre cultura e cultura de massa e canção brasileira em

Edgar Morin & Tropicália

Esse texto ajuda a pensar a questão da mídia em nossas mentes; midias e mentes, mentes midiáticas, midias mentirosas, mentes mediadas, remediadas... que remédio?

Compreender conceitos básicos por meio dos textos tão acessíveis de Edgar Morin é um começo possível. Precisamos ter perspectivas teóricas que nos auxiliem na nossa lida com essa "geleia" que, se deixamos, nos cobre até o pescoço, a saber, a Geleia geral (Expressão usada por Décio Pinatari que deu origem à famosa coluna de jornal de Torquato Neto). Vejam abaixo um exemplo da simplicidade e contundência do texto de Morim que você encontra no Edgar Morin & Tropicália:

[...] a cultura de massa é uma cultura: ela constitui um corpo de símbolos, mitos e imagens concernentes à vida prática e à vida imaginária, um sistema de projeções e de identificações específicas. Ela se acrescenta, à cultura nacional, à cultura humanista, à cultura religiosa, e entra em concorrência com estas culturas (MORIN, 1967, p. 18).
Edgar Morin & Tropicália

Aquilo que normalmente chamamos educação passa por esse processo mais amplo de "formação de sentidos", de "interacionismos simbólicos", de "trocas simbólicas", enfim, de representações que lidam com valores e sentidos fudamentais do humano. Essa resenha de parte das teorias de Morin relativas à cultura de massas coloca o espectador, ou o pai de um pequeno espectador, em um patamar tal de onde ele possa se localizar em pensamento relativamente ao turbilhão que leva seu barco, sua vida, rio abaixo, sem que sobre tal destrambelho ele tenha sequer alguma proposta de esboço de cenário traçado.

O estudo de alguns aspectos das formas de construções narrativas, especialmente os melodramas, dão uma visibilidade maior, uma imagem menos fosca, daquela crítica intuitiva que boa parte dos cidadãos vazem a extratagemas e jogadas narrativas "baratas" dos audiovisuais veiculados nos cinema e especialmente na televisão. Por esse lado, por hora, posso apenas oferecer o endereço de um sítio que trata de teoria do cinema - Teorias do cinema - e prometer, em breve, postar duas linhas de textos: introdução à linguagem do audiovisuao e passeios pelos mundos do folhetin e do melodrama.

Eu tenho uma forte crença, uma incansável esperança, no fato de que, cada vez mais um número maior de cidadãos tenha acesso a alguns conhecimentos técnicos, teóricos, históricos, relativos à construção de linguagens e narrativas que permeiam suas vidas e seus pensamentos sem que, sobre tal discurso, ele tão pouco possa reagir. O cidadão médio, mesmo com formação superior e nível cultural elevado, na grande maioria dos casos é um ator passivo dentro dos poderosos discursos dos quais a mídia lança mão para fazer valer seus propósitos, tão bem avaliados e comentados, na coluna ao lado, pelo cineasta Win Wenders.

Sandro Alves